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| Arquivo - Sexta-feira, 11 de março de 2005 |
A lista de Fatos reúne acontecimentos relevantes e é um ponto de partida para a Oficina de Informações. O bom jornalismo, que não dispensa um ponto de vista, deve, no entanto, partir dos fatos, tais como eles são, independentemente de nossos desejos e intenções.
BRASIL 
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MUNDO
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| BRASIL - POLÍTICA |
A 11ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, realizada em Brasília, durante a qual o presidente da República e o ministros da Casa Civil e da Fazenda fizeram a defesa dos gastos públicos do governo federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que rotular de "gastos" os "investimentos" na área social é um "erro sociológico". "Essas coisas não significam gastos, significam investimento. Se você desperdiça além do necessário, aí, sim, você está jogando dinheiro no ralo". O ministro José Dirceu, da Casa Civil, que falou dos investimentos nas áreas de infra-estrutura e social, disse que "o governo federal fez, sim, um aumento de gastos e pode prestar contas de cada concurso, de cada contratação e de cada aumento e retorno para o país". Mas disse que não há aumento de carga tributária no atual governo – ele citou número ainda não divulgado pelos órgãos oficiais sobre a carga em 2004, segundo o qual a carga atingiu 35,45% do PIB .
Em 2002, último ano de governo Fernando Henrique Cardoso, o total de tributos cobrados em relação ao PIB chegou a 35,53%. Em 2003, essa relação foi de 34,88%, de acordo com o IBGE. Dirceu chamou a atenção para o fato de que houve aumento da carga federal nos últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso. "Se nós olharmos a carga tributária bruta da União de 1999 a 2003, ela viria de 18,9% para 20,78% em 2002", disse. E lembrou que as despesas correntes do Estado de São Paulo aumentaram, entre 2003 e 2004, 19,6%. "E mesmo [a despesa] de pessoal e encargos aumentou 7,85%. Então não é só um problema do governo federal, da União", disse. O ministro Antonio Palocci Filho disse que não há como diminuir a carga tributária enquanto o Brasil precisar investir em projetos sociais e manter seus compromissos fiscais. "O ideal seria reduzir a carga. Mas não há espaço tendo em vista os projetos sociais e os compromissos fiscais do governo. Não há espaço no curtíssimo prazo para reduzir a carga tributária", disse. Na reunião do Conselho estavam presentes cerca de 90 pessoas, incluindo empresários. |
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A aprovação pela Câmara dos Deputados de projeto de lei que amplia os direitos de pacientes gestantes em todos os hospitais públicos ou conveniados do SUS
As gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde passam a ter o direito de ter um acompanhante presente durante o trabalho de parto, o parto e o pós-parto. Atualmente, alguns hospitais permitem a entrada de acompanhante na sala de parto, mas outros restringem essa prática, muitas vezes por falta de infra-estrutura nos leitos das maternidades. O hospital que negar o direito a um acompanhante estará sujeito a punição. O projeto foi apresentado pela senadora Ideli Salvati (PT-SC) e foi o único votado da pauta especial da Semana da Mulher. Para entrar em vigor, precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois disso, o governo precisa regulamentar essa prática • A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, em caráter terminativo, projeto de lei que amplia a faixa de renda das pessoas com direito a benefícios da Previdência Social. O projeto, que precisa ser votado pelo Senado, altera a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), altera o valor máximo da da renda per capita de famílias que, por terem idosos acima de 65 anos, pessoas com deficiência ou doença crônica grave, poderão receber mensalmente o benefício de um salário-mínimo. Atualmente, só têm direito aos benefícios da Loas deficientes e idosos que pertençam a famílias com renda per capita de até um quarto de salário mínimo – o projeto aprovado eleva esse valor para um salário-mínimo. |
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A entrevista coletiva do prefeito de São Paulo, após reunir-se com representantes do BID, em Washington, durante a qual disse que apresentou ao banco um projeto de financiamento em que o banco financiaria o setor privado na construção de escolas e unidades de saúde públicas municipais que, depois, seriam alugadas à Prefeitura
Segundo o prefeito José Serra, o Banco Interamericano de Desenvolvimento "financiaria a área privada, e a prefeitura pagaria o aluguel". "Como não tem dinheiro para construir, você [a Prefeitura] coordenaria um investimento, a área privada investe e você paga o aluguel", disse. A proposta foi apresentada ao Departamento de Setor Privado do BID. O prefeito também quer que o BID financie projetos de melhoria de acesso, por vias expressas, aos aeroportos de Cumbica e Congonhas.
Esse tipo de empréstimo não é avalizado pelo Estado e têm juros mais próximos dos cobrados pelo mercado, mas com vantagem do longo prazo. Serra também discutiu com os funcionários do banco a reestruturação da dívida municipal -- atualmente, a Prefeitura paulistana não pode contrair novos empréstimos no BID por causa do alto endividamento. |
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A divulgação pela Folha de S. Paulo da informação de que na última quarta-feira o ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence concedeu liminar suspendendo ato da CPI da Terra que autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do fazendeiro paraense Décio José Barroso Nunes, o Desão
Pertence, relator de um mandado de segurança movido pelos advogados do pecuarista, concordou com o argumento de que a CPI não apresentou razões para justificar a violação dos sigilos. Segundo os advogados, a decisão da CPI foi motivada pelo assassinato da freira Dorothy Stang e por pressão da imprensa, sem que tenha havido a demonstração de "elo de causalidade" entre o cliente e aquele crime. A liminar foi concedida no mesmo dia em que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou parecer contra a liberação a juízes de documentos obtidos por CPIs inacabadas, resultantes, por exemplo, de quebras de sigilo, o que pode dificultar a coleta de provas em processos judiciais. |
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A aprovação pela Câmara dos Deputados de projeto de lei que regulamenta a constituição de consórcios públicos entre Municípios, Estados e a União
Segundo o jornal Valor Econômico, a nova lei cria regras para adoção de políticas públicas comuns – inclusive com identidade jurídica própria -- e ao, mesmo tempo, cria amarras para impedir que esses consórcios tenham uso eleitoral. |
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| BRASIL - ECONOMIA |
A divulgação pelo Globo de que a Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdid) propôs, e o governo aceitou, a criação de um fundo de investimentos para a infra-estrutura com isenção de tributos sobre os ganhos financeiros
Segundo o jornal, a proposta de criação do fundo foi encaminhada ao Ministério do Desenvolvimento pela Abdid e sua apreciação inicial foi dividida com o Ministério da Fazenda. Os ministros Luiz Fernando Furlan e Antônio Palocci (Fazenda) teriam apresentado a sugestão ao presidente Lula, dizendo-lhe que viam a idéia com simpatia por seu potencial de levantar recursos. O presidente teria dado sinal verde para a Receita Federal iniciar os estudos. |
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O depoimento do secretário do Tesouro, Joaquim Levy, em audiência pública na Comissão de Orçamento do Congresso, durante o qual disse que um dos principais responsáveis pelos gastos do governo que pressionam a carga tributária é a Previdência Social
Levy disse que os “gastos públicos” correspondem a 18% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida mobiliária federal (em títulos públicos) está hoje em R$ 826,7 bilhões e a maior parte dela é corrigida pela taxa básica Selic (R$ 491 bilhões, ou 59,46%). Em segundo lugar estão os títulos prefixados (R$ 154 bilhões, ou 18,71%). |
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A autuação pela Receita Federal da Boston Comercial e Participações Ltda. por suspeita de ter remetido ao exterior R$ 477 milhões em fevereiro de 1999 sem retenção de Imposto de Renda
A autuação totaliza R$ 110,4 milhões em multas e juros até abril de 2002. |
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A liminar concedida pela Justiça do Trabalho de São Paulo, em ação proposta na última terça-feira pelos sindicatos dos trabalhadores da Vasp, que determina a intervenção do governo federal na companhia e bloqueia os bens do seu dono, Wagner Canhedo, e de diretores
O juiz da 14ª Vara do Trabalho, Lúcio Pereira de Souza, determinou o afastamento dos administradores da Vasp e deu ao Departamento de Aviação Civil (DAC) plenos poderes de gestão em todas as empresas de Canhedo para garantir o pagamento dos créditos trabalhistas que, segundo cálculos do Ministério Público do Trabalho, seriam da ordem de R$ 75 milhões. Além da Vasp, a decisão atinge a Transportadora Wadel Ltda, Expresso Brasília Ltda e Voe Canhedo S.A. |
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A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na última segunda-feira, de reconhecer o direito das Centrais Elétricas do Pará (Celpa) de cobrar administrativamente uma dívida do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Pará (Sintufpa), que teria furtado energia por meio de “gato”
O caso foi registrado em 1999, quando a Celpa acusou o sindicato de ter feito ligações clandestinas em suas novas instalações, diz o jornal Valor. Nos cálculos da distribuidora, o sindicato apropriou-se indevidamente de eletricidade equivalente a cerca de R$ 29 mil. A medida abre jurisprudência para a cobrança administrativa – e não apenas judicial – de todos os casos ocorridos antes da entrada em vigência da resolução 456. Segundo a Aneel, a maior parte dos furtos de energia não é feita por consumidores de baixa renda, ao contrário do senso comum. |
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| BRASIL - SITUAÇÃO SOCIAL |
O anúncio pela Presidência da República de que será publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira decreto presidencial determinando estado de calamidade pública em parte da rede hospitalar do Rio de Janeiro
Como medida de emergência, o Ministério da Saúde assumirá o controle, inclusive das verbas, dos hospitais da Lagoa, do Andaraí, Cardoso Fontes, de Ipanema (que eram federais e foram municipalizados), Souza Aguiar e Miguel Couto (que sempre foram da Prefeitura). O coordenador-geral da intervenção será o ortopedista Sérgio Côrtes, diretor do Instituto de Traumato-Ortopedia (Into). Quanto aos demais hospitais, embora o decreto não seja claro, ele indica que o Estado deve assumir a gestão dos recursos do Sistema Único de Saúde. Com o decreto, a Prefeitura perde a partir desta sexta-feira o controle sobre as verbas federais destinadas a todos os hospitais municipais. O decreto ainda prevê que, se necessário, o governo federal está autorizado a requisitar para seu controle outros serviços públicos e privados para estabelecer a normalidade da rede de saúde, inclusive as verbas hoje aplicadas pela Prefeitura. |
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A assinatura pelo Ministério da Integração Nacional, em Almenara (MG) de nova delimitação do semi-árido brasileiro, incluindo mais 101 Municípios, o que eleva o total para 1.132 cidades
A mudança foi feita com base em novos critérios, como o índice pluviométrico, aridez e risco de seca. O Estado com o maior quantidade de inclusões foi Minas Gerais, que aumentou sua participação na área de 40 para 85 Municípios do norte do Estado. Na prática, o que muda para os novos municípios incluídos é que podem ser beneficiados por políticas de desenvolvimento dirigidas especificamente para o semi-árido. Entre as vantagens, estão benefícios como menor taxa de contrapartida em convênios feitos com o governo federal, além de crédito com juros de 1% ao ano e prazo de pagamento de até dez anos para produtores rurais beneficiados pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Os critérios usados para o novo dimensionamento foram precipitação pluvial média anual menor que 800 milímetros, razão entre quantidade de chuvas e evapotranspiração (fenômeno combinado de evaporação da água do solo e das superfícies líquidas e de transpiração dos vegetais) de até 0,5 e risco de seca maior que 60%. |
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O indiciamento pela Polícia Federal do ex-presidente da Light no Brasil Michel Gailard, sob acusação de irregularidades na compra da Eletropaulo
Gailard, que não mora no país, foi indiciado por crimes financeiro e tributário. O inquérito da PF concluiu que houve irregularidades na compra da Eletropaulo em 1998, para a qual foi tomado empréstimo de US$ 1 bilhão no exterior. A Light informou, por meio de sua assessoria, que não comentaria o indiciamento. |
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As rebeliões ocorridas em dois complexos da Febem-SP
As rebeliões ocorreram no Tatuapé e em Franco da Rocha entre a noite de quinta e a madrugada desta sexta-feira. No complexo do Tatuapé fugiram cerca de 300 internos, dos quais 200 foram recapturados, segundo a Folha Online. A rebelião no complexo terminou com 30 funcionários feridos, sendo 2 em estado grave. |
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A morte da criança indígena guarani-caiuá Suiane Hilton Machado, de 4 meses, no hospital da Mulher em Dourados (MS)
A causa da morte, segundo o hospital, é infecção generalizada, embora o laudo médico oficial não tenha sido ainda divulgado. Só este ano 9 crianças guaranis-caiovás com menos de 1 ano de idade morreram em Dourados. Artigo publicado em O Estado de S. Paulo cita dados da Fundação Nacional de Saúde segundo os quais a taxa de mortalidade infantil entre os índios brasileiros é o dobro da observada entre as crianças não-índias. Enquanto a taxa de mortalidade infantil entre os índios brasileiros atinge 50,4 óbitos para cada mil nascidos vivos, segundo dados de 2004, a taxa entre as crianças brasileiras não-índias é de 24 óbitos por mil nascidos vivos, de acordo com as últimas estatísticas, de 2003. |
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| MUNDO - POLÍTICA |
A rejeição, pela oposição na Bolívia, do acordo proposto pelo presidente Mesa
Os principais líderes da oposição na Bolívia rejeitaram quinta-feira, em reunião com o presidente Carlos Mesa, o acordo por este proposto para pacificar o país. Os oposicionistas insistem na retenção no país de 50 por cento dos royalties das empresas petrolíferas estrangeiras, contra 18 por cento propostos pelo presidente.
O líder cocaleiro Evo Morales, dirigente do Movimento para o Socialismo, e o secretário-geral da Central Operária Boliviana, Jaime Solares, anunciaram que vão ser intensificados os bloqueios de estradas e outros protestos no país. Pela primeira vez nos últimos anos, os vários grupos de oposição, cocaleiros, indígenas, camponeses, sindicalistas urbanos, nacionalistas e militantes contra a privatização da água, se apresentaram unidos. Para cada dia de bloqueio nas estradas, a Bolívia perde US$ 13 milhões em bens e serviços e o governo perde mais de US$ 2 milhões em impostos. |
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O apelo do presidente Kirchner da Argentina, para que a população boicote a Shell
O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, apelou à população quinta-feira para que boicote os produtos da Shell, enquanto esta mantiver os aumentos de 2,6 por cento a 4,2 por cento nos preços do diesel e da gasolina. "Não devemos comprar nem uma latinha de óleo", disse Kirchner, que se mostrou preocupado com as repercussões na inflação. A Bolsa de Buenos Aires reagiu negativamente às declarações do presidente, com queda de 3,7 por cento. |
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A greve geral na França, contra a política econômica
Alcançou êxito, com a paralisação total do transporte público, a greve geral convocada para a quinta-feira na França, contra a política econômica neoliberal do governo de centro-direita e, em particular, contra o objetivo governamental de conseguir a abolição do limite de 35 horas de trabalho por semana, decidido no governo anterior, socialista. |
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O atentado num velório no Iraque, com 47 mortos
Morreram 47 pessoas e outras 80 ficaram feridas, num atentado suicida em Mossul, no norte do Iraque, junto ao velório do líder xiita Sayed Al Araji, na quinta-feira. O Conselho dos Ulemás de Mossul, principal organização sunita da região, condenou o ataque e fez um apelo para a união dos sunitas e xiitas. Três pessoas, entre elas um delegado de polícia, em Bagdá e mais oito no interior do país foram mortas por insurgentes. A coalizão xiita e a coalizão curda declararam ter entrado em "acordo total" sobre a indicação do presidente da República e dois vices e do primeiro-ministro, marcada para a primeira reunião da Assembléia Nacional, na próxima quarta-feira. Segundo o jornal saudita Al Medina, o sargento americano Abou Rabeh, descendente de libaneses, disse que Saddam Hussein foi preso a 12 de dezembro último, e não a 13 de dezembro, como na ocasião foi informado oficialmente pelo comando americano. Rabeh afirmou que participou da patrulha de 20 homens que capturou Saddam após forte resistência, em que um fuzileiro naval americano foi morto. |
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O não-reconhecimento, pelos EUA, do Tribunal de Haia
O Departamento de Estado dos EUA anunciou quinta-feira que não mais reconhece o Tribunal Internacional de Justiça de Haia, Holanda, que havia ordenado novas audiências para os casos de 51 mexicanos condenados à morte nos EUA, por não terem tido contatos com autoridades consulares de seu país. |
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O anúncio, pelo governo da Síria, de que todas as resoluções da ONU devem ser cumpridas, inclusive as referentes a Israel e à Palestina
O governo sírio, que acaba de aceitar resolução da ONU ordenando que retire suas tropas do Líbano, comunicou quinta-feira que todas as resoluções da ONU devem ser cumpridas, inclusive as que se referem à retirada de Israel de territórios palestinos. |
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O relatório da ONU, sobre avanços dos direitos humanos em Cuba
Em seu relatório anual sobre os direitos humanos em Cuba, a ONU informou que a situação melhorou no ano passado, com a libertação de 18 presos políticos, mas que ainda há 61 pessoas presas arbitrariamente |
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O artigo do Wall Street Journal que apresenta o novo documento do Pentágono que dá forma ao plano dos EUA de possuir forças armadas capazes de intervir em qualquer lugar do mundo antes mesmo de se concretizar uma ameaça ao país
O documento contém a agenda do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld para a reestruturação das forças armadas em uma massiva revisão dos gastos com defesa e estratégia. A revisão, que é feita a cada quatro anos, é a melhor chance do governo do presidente George W. Bush de instrumentalizar sua política externa, diz o jornal |
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| MUNDO - ECONOMIA |
A aprovação pelo Senado dos EUA, nesta quinta-feira, por 74 votos a favor e 25 contra, de mudanças nas regras de falência de pessoas físicas e jurídicas que dariam mais garantias a bancos, lojas e outros credores
Segundo o Wall Street Journal, é a mais significativa mudança na legislação de falências nas últimas duas décadas. A bancada democrata teria tentado adiar a votação com o envio, “no último minuto”, de diversas propostas de emendas, a maioria delas rejeitada pelos republicanos. Cerca de 1,5 milhão de pessoas procuram a Justiça dos EUA todos os anos para pedir falência pessoal. Os republicanos afirmam que a maioria dessas pessoas é de apostadores e gastadores compulsivos. |
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A edição de 2005 da revista Forbes com a lista dos 691 bilionários do mundo que, juntos, detêm fortuna de US$ 2,2 trilhões, com o americano Bill Gates pela 11ª vez em primeiro lugar, dono de US$ 46,5 bilhões
O número de bilionários cresceu de 587 na edição de 2004 para 691 na edição de 2005. A fortuna total desse grupo cresceu em US$ 300 bilhões. Diz a Forbes que uma série de fatores influiu na composição da lista e no aumento das fortunas, como bons resultados em mercados de ações em torno do mundo, o aumento dos preços das commodities e a queda do dólar.
O investidor Warren Buffet manteve-se em segundo lugar. O indiano, Lakshmi Mittal, dono de siderúrgicas, subiu 59 postos desde o ano passado e fiicou em terceiro. O magnata mexicano das telecomunicações, Carlos Slim, e o fundador da cadeia de lojas Ikea, o sueco Ingvar Kamprad, bateram vários dos herdeiros da Wal-Mart na lista dos maiores bilionários. O chinês mais rico é Li Ka-shing, de Honk Kong, com fortuna de US$ 13 bilhões.
Entre os países, os EUA continuam em primeiro lugar, com 341 bilionários.
Há nove brasileiros na lista, entre eles os banqueiros Joseph e Moise Safra, Aloysio de Andrade Faria e Julio Bozano. Da área financeira e de cervejeira estão Jorge Paulo Lehman, Marcel Telles e Carlos Sicupira. |
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A divulgação pelo Departamento do Tesouro dos EUA do déficit fiscal de fevereiro de 2005, de US$ 113,9 bilhões, e a divulgação pelo Departamento de Comércio do déficit comercial de janeiro de 2005, de US$ 58,3 bilhões
O déficit fiscal de fevereiro de 2005 foi o maior déficit mensal da história (O déficit de fevereiro de 2004 foi de US$ 96,7 bilhões; o déficit do ano fiscal de 2004, que terminou em 30 de setembro, foi de US$ 412,3 bilhões). O déficit comercial de janeiro foi o segundo maior resultado negativo mensal já registrado pelos EUA. |
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O encontro, nesta quinta-feira, em Washington, do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, com o chefe interino do Escritório de Comércio da Casa Branca (USTR), Peter Allgeier, durante o qual Skaf declarou que a Fiesp dará início a uma “cruzada” contra a pirataria
Skaf disse que o Brasil tem uma preocupação tão grande quanto os EUA em relação ao problema e que a questão não é a falta de leis antipirataria, mas sim a dificuldade em sua aplicação. “A Fiesp promoverá um grande evento este ano sobre isso. Será o início de uma cruzada: vamos declarar guerra à pirataria”, disse ele ao Globo. |
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| MUNDO - SITUAÇÃO SOCIAL |
A rejeição, pela Justiça dos EUA, de uma ação de vítimas no Vietnã do Agente Laranja
Um juiz federal rejeitou quinta-feira nos EUA a ação iniciada por cidadãos vietnamitas contra as indústrias químicas que fabricaram o Agente Laranja, herbicida usado pelos americanos na Guerra do Vietnã e cujos efeitos tóxicos, em especial sobre fetos, teriam afetado 4 milhões de pessoas no país asiático. |
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O abandono do xadrez por Kasparov, da Rússia
O campeão mundial de xadrez desde 1984, Garry Kasparov, 41 anos, anunciou quinta-feira em Linares, na Espanha, após vencer um torneio, que está abandonando a prática do jogo como profissional. Disse que nos últimos torneios se sentiu muito pressionado e chegou à conclusão de que era hora de desistir. |
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| MUNDO - CIÊNCIA |
A divulgação pela revista Physics World de março de 2005 de artigo segundo o qual moléculas com cerca de 100 átomos podem ser a interface de transição entre os mundos de natureza quântica e clássica
O artigo “Probing the limits of the quantum world” é assinado pelos físicos Markus Arndt e Anton Zeilinger, do Instituto de Física Experimental da Universidade de Viena, Áustria, e Klaus Hornberger, do Departamento de Física da Universidade de Munique, Alemanha. Abaixo, os dois primeiros parágrafos do artigo, em tradução livre:
"Desde o início do desenvolvimento da teoria quântica, no primeiro quarto do século 20, vivemos com uma estranha divisão. Objetos da nossa vida cotidiana comportam-se “normalmente” – obedecem à física clássica –, enquanto os objetos microscópicos comportam-se de modo contrário à nossa intuição e revelam os intrigantes aspectos da física quântica. Mas onde exatamente está a fronteira entre os mundos quântico e clássico – se é que existe essa fronteira? Se a física quântica é uma teoria universal, porque se pode falar confortavelmente sobre o comportamento quântico dos elétrons e não, digamos, das bolas de futebol?
A pergunta pode ser respondida por meio de experimentos sensíveis de interferometria, nos quais um feixe de moléculas é subdividido em dois diferentes caminhos, conduzidos depois para se juntarem de novo. Esses experimentos revelam que as moléculas comportam-se como “ondas” e como “partículas”, exibindo um comportamento quântico. Pesquisas recentes do nosso grupo mostraram que, de fato, moléculas com cerca de 100 átomos podem interferir umas nas outras. Os experimentos ilustram um dos mais interessantes aspectos da teoria quântica, o de que os objetos podem existir em superposição de diferentes estados." |
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| Leia também:
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| • Os textos e as listas de fatos dos dias anteriores na edição d'A Semana
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