Os principais líderes da oposição na Bolívia rejeitaram quinta-feira, em reunião com o presidente Carlos Mesa, o acordo por este proposto para pacificar o país. Os oposicionistas insistem na retenção no país de 50 por cento dos royalties das empresas petrolíferas estrangeiras, contra 18 por cento propostos pelo presidente.
O líder cocaleiro Evo Morales, dirigente do Movimento para o Socialismo, e o secretário-geral da Central Operária Boliviana, Jaime Solares, anunciaram que vão ser intensificados os bloqueios de estradas e outros protestos no país. Pela primeira vez nos últimos anos, os vários grupos de oposição, cocaleiros, indígenas, camponeses, sindicalistas urbanos, nacionalistas e militantes contra a privatização da água, se apresentaram unidos. Para cada dia de bloqueio nas estradas, a Bolívia perde US$ 13 milhões em bens e serviços e o governo perde mais de US$ 2 milhões em impostos.
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