| A divulgação pela revista Physics World de março de 2005 de artigo segundo o qual moléculas com cerca de 100 átomos podem ser a interface de transição entre os mundos de natureza quântica e clássica |
| O artigo “Probing the limits of the quantum world” é assinado pelos físicos Markus Arndt e Anton Zeilinger, do Instituto de Física Experimental da Universidade de Viena, Áustria, e Klaus Hornberger, do Departamento de Física da Universidade de Munique, Alemanha. Abaixo, os dois primeiros parágrafos do artigo, em tradução livre: "Desde o início do desenvolvimento da teoria quântica, no primeiro quarto do século 20, vivemos com uma estranha divisão. Objetos da nossa vida cotidiana comportam-se “normalmente” – obedecem à física clássica –, enquanto os objetos microscópicos comportam-se de modo contrário à nossa intuição e revelam os intrigantes aspectos da física quântica. Mas onde exatamente está a fronteira entre os mundos quântico e clássico – se é que existe essa fronteira? Se a física quântica é uma teoria universal, porque se pode falar confortavelmente sobre o comportamento quântico dos elétrons e não, digamos, das bolas de futebol? A pergunta pode ser respondida por meio de experimentos sensíveis de interferometria, nos quais um feixe de moléculas é subdividido em dois diferentes caminhos, conduzidos depois para se juntarem de novo. Esses experimentos revelam que as moléculas comportam-se como “ondas” e como “partículas”, exibindo um comportamento quântico. Pesquisas recentes do nosso grupo mostraram que, de fato, moléculas com cerca de 100 átomos podem interferir umas nas outras. Os experimentos ilustram um dos mais interessantes aspectos da teoria quântica, o de que os objetos podem existir em superposição de diferentes estados." |
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