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    Arquivo - Segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006
O relatório sobre a situação política no Congo divulgado no sábado, 26 de fevereiro, pelo International Crisis Group (ICG), baseado em Washington, segundo o qual cerca de 38 mil pessoas morrem por mês por causa da guerra civil

UNIDADE DIFÍCIL
A República Democrática do Congo (RDC) continua um desastre humanitário, a despeito da presença de tropas de paz da ONU e da recente aprovação da nova constituição que abriu caminho para eleições gerais previstas para abril, afirma o relatório do ICG, conforme citação da agência Xinhua. A situação, diz o ICG, não é percebida nos países ricos porque os conflitos na região de Darfur, no Sudão, e na Costa do Marfim tiraram o Congo do foco da mídia internacional.

A maioria das mortes resulta de subnutrição e de doenças facilmente evitáveis, como febre, malária e diarréia – fatais por causa da fraca infra-estrutura sanitária. Além disso, o Congo abriga muitos grupos milicianos apoiados por potências e interesses externos que se valem das riquezas minerais do país e dos fracos controles de fronteira para obter recursos próprios. Por isso, estão cada vez mais tensas as relações com os vizinhos Ruanda e Uganda, o que dificulta ainda mais uma solução para o conflito interno.

A economia do Congo está em frangalhos, as lutas étnicas e regionais são crescentes e cada vez mais profundas. A criminalidade é alta em todo o país. Em muitas das principais cidades podem eclodir distúrbios em razão do descontrole do governo de transição do presidente Joseph Kabila, que assumiu em julho de 2003 junto com quatro vice-presidentes representantes do antigo governo, de grupos rebeldes e da oposição política, mas não tem sido capaz de expressar essa unidade.


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