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Arquivo - Terça-feira, 13 de setembro de 2005 |
A Nova Esquerda da Alemanha e as eleições federais previstas para domingo
DE OLHO NO BRASIL |
O jornal Valor desta terça-feira trouxe artigo da jornalista Carolina Mandl que resume a história da criação dos novos partidos de esquerda na Alemanha e traz declarações desanimadas sobre o brasileiro Partido dos Trabalhadores por parte de Michael Prüst, dirigente da coligação Nova Esquerda, que concorre às eleições federais previstas para o próximo domingo.
A Nova Esquerda é formada pela aliança entre a Alternativa Eleitoral por Trabalho e Justiça Social (Wasg, em alemão) e o Partido do Socialismo Democrático (PDS), sucessor do Partido Comunista que predominava na antiga Alemanha Oriental.
A Wasg foi criada em fevereiro deste ano como um partido de oposição de esquerda. Entre seus principais fundadores, assim como aconteceu com o partido brasileiro, estão líderes metalúrgicos. Hoje, formam um bloco importante dentro da Wasg dissidentes do Partido Social Democrata (SPD) do chanceler Gerard Schröder , entre eles Oskar Lafontaine, um dos ex-presidentes do partido.
Nas pesquisas eleitorais, a Nova Esquerda (PDS/Wasg) está com 8,9% das intenções de voto. Entre suas principais bandeiras está o salário mínimo de 1.400 euros, posto que hoje a Alemanha não tem uma remuneração básica para os trabalhadores. A coligação defende também o aumento do pagamento de impostos para empresas e pessoas de alta renda.
Não é, como se vê, um programa radical, a despeito de o Estado alemão estar empenhado numa política de cortes de gastos sociais e de imposição de novas normas trabalhistas que baixem o custo da mão-de-obra a ponto de dar às exportações do país uma competitividade cada vez mais asiática.
Prüst parece mesmo não querer ir muito além do modelo petista que moldou a Wasg. Ele faz ao partido brasileiro uma crítica bem ao estilo daquela que se ouve aqui por parte dos que tentam refundar um PT abatido ao primeiro sopro de denúncias de práticas políticas questionáveis. O PT não pode ser mais um exemplo de partido de esquerda para o mundo porque tentou corromper deputados, disse o líder alemão. E completou: O PT não merece mais crédito porque Lula também não consegue realizar seu programa social e representar os desejos das pessoas que o elegeram.
Resta saber se a modéstia do programa eleitoral da Nova Esquerda não seria, tal como o programa de fato executado pelo governo de Lula, a saia justa que acabará por colocá-la numa sinuca.
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