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    Arquivo - Quinta-feira, 11 de agosto de 2005
LULA BUSCA SUA BASE CATÓLICA; E ELA PARECE DIVIDIDA
A carta que o presidente da República enviou à abertura da 43ª Assembléia Geral da CNBB, em Indaiatuba, SP, é um reconhecimento da gravidade da crise política em curso e também uma busca de apoio. Na carta, Lula reafirma sua ligação com a Igreja: diz que sua posição é de “defesa da vida em todos os seus aspectos e em todo o seu alcance”; diz que “os debates que a sociedade brasileira realiza “em sua pluralidade cultural e religiosa, são acompanhados pelo governo, que, no entanto, não tomará nenhuma iniciativa que contradiga os princípios cristãos”. Mas as reações de alguns dos importantes líderes católicos presentes no encontro foi de crítica.

O conservador cardeal arcebispo do Rio, dom Eusébio Scheid, disse, segundo o Estado de S. Paulo, que a carta é “pura hipocrisia” e que “o presidente vai enganar todos aqui, pois ninguém sabe o que está acontecendo”. Para o secretário-geral da CNBB, dom Odilon Pedro Scherer, o presidente deveria ter mais empenho, em vez de transferir a responsabilidade para o Congresso, como tem feito”. E para o progressista dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, o povo está perdendo a confiança nas instituições”.


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