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As entrevistas do advogado Rogério Buratti, publicadas pela Folha de S. Paulo e pelo Estado de S. Paulo desta terça-feira, nas quais afirma que esteve, "por 2 ou 3 vezes", com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília |
Buratti disse à Folha que negou ter visto o ex-ministro na casa em depoimentos na CPMI dos Correios e na CPI dos Bingos do Senado porque "isso criou um constrangimento muito grande" na sua vida. "Até hoje as pessoas falam que minha atual namorada é uma menina que freqüentava a casa em Brasília, e não é verdade", afirmou. "Resolvi falar porque não vejo mais isso como um problema", disse.
Ele afirmou que a casa tinha o objetivo de "ser um ponto de apoio para empresários que buscavam, legitimamente, atividades comerciais em Brasília". Segundo ele, não houve fechamento de negócio ilícitos no local, nem "negócios com dinheiro público".
O advogado negou também que festas fossem organizadas no imóvel. "Não era coisa montada para agradar a empresários, ou diretores de órgãos de governo. Eram as pessoas que freqüentavam a casa e que levavam acompanhantes. Nunca houve uma festa para comemorar um contrato, até porque até onde a casa existiu nunca houve um contrato. As pessoas jogavam tênis, bebiam vinho, jantavam", disse ao Estado.
"O que deve ser focado é: houve negócios ilícitos a partir da casa que devam ser investigados? Se as pessoas encontravam mulheres, é um problema particular delas, não um problema público", disse o advogado na entrevista à Folha de S. Paulo. Segundo ele, "quem conhece Brasília sabe que existem vários outros escritórios que funcionam da mesma forma e não são alvo de investigação, até porque não praticam atividades ilícitas". |
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