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A divulgação pelo Ministério da Fazenda de estudo sobre o chamado Orçamento Social, que sistematiza os gastos na área social |
De acordo com o levantamento, o Estado gasta na área social quase um quarto do PIB. Só na esfera federal, o chamado Orçamento Social chegou no ano passado a R$ 280,7 bilhões, dos quais 60% foram consumidos com pagamentos de aposentadorias e pensões, tanto no setor público quanto privado. O trabalho compara os números nacionais com os coletados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e diz que o gasto social no Brasil já é maior do que em importantes países desenvolvidos, como EUA, Japão, Austrália e Canadá. Segundo O Estado de S. Paulo, na comparação com os países europeus, tem uma despesa previdenciária que, proporcionalmente ao gasto social total, só perde para a Itália (44% frente a 48%), embora sua população idosa seja bem inferior.
O estudo do Ministério, preparado pela equipe do secretário de Política Econômica demissionário, Marcos Lisboa, diz que o impacto desses gastos sobre a desigualdade de renda ainda deixa muito a desejar, mesmo depois da instituição do Bolsa Família, que beneficia famílias com renda per capita inferior a R$ 100. Pelas estimativas dos técnicos da Fazenda, as transferências de renda promovidas pelas autoridades brasileiras (incluindo aí as aposentadorias, seguro-desemprego, benefícios assistenciais e o Bolsa Família) só estão reduzindo o índice de desigualdade em 11%, enquanto na Europa chegam a 37%. |
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