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Fatos - Terça-feira, 19 de outubro de 2004
A lista de Fatos reúne acontecimentos relevantes e é um ponto de partida para a Oficina de Informações. O bom jornalismo, que não dispensa um ponto de vista, deve, no entanto, partir dos fatos, tais como eles são, independentemente de nossos desejos e intenções.

A divulgação pelo jornal The Washington Post de carta de um ex-comandante americano no Iraque relatando falta de peças de reposição de equipamentos militares

PARA PENTÁGONO, SITUAÇÃO ATUAL É SUBSTANCIALMENTE MELHOR
Na edição desta terça-feira o Washington Post publicou artigo segundo o qual em dezembro de 2003 o então comandante das forças americanas no Iraque, Ricardo Sanchéz, enviou carta ao Departamento de Defesa dos EUA afirmando que os militares enfrentavam problemas com a falta de peças de reposição de equipamentos -- inclusive de helicópteros de combate e de tanques --, o que prejudicava as operações. "Não é possível manter operações de combate com as taxas [de estoque de peças de reposição] nos níveis atuais", escreveu o general. Em alguns casos, a reposição de peças chegou a demorar 40 dias -- mais do que o triplo da média americana-, segundo Sanchéz. De acordo com o vice-diretor de operações do Comando de Materiais do Exército, Gary Motsek, a situação atual está substancialmente melhor.

A edição online do Wall Street Journal divulgou nesta terça-feira resultados de pesquisa realizada pelo Departamento de Defesa entre reservistas. De acordo com o jornal, 54% dos soldados da reserva do Exército que responderam disseram que suas unidades estavam "bem preparadas" para missões em tempo de guerra. Já entre os reservistas do Exército que serviram no Iraque somente 45% disseram que suas unidades estavam nessas condições. A pesquisa foi enviada eletronicamente para 55.794 reservistas de todas as forças militares americanas em abril, maio e junho. Do total, 39% responderam. É a terceira enquete do tipo realizado pelo Departamento desde maio de 2003.

Os resultados indicam que 59% dos reservistas do Exército e 62% dos reservistas da Guarda Nacional pretendem seguir carreira, 10 pontos percentuais abaixo dos obtidos 12 meses atrás. A pesquisa concluiu que a satisfação dos reservistas do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais com o "modo de vida militar" é mais baixa do que a dos seus colegas da Marinha e da Força Aérea. Paradoxalmente, a pesquisa apontou também que 70% dos reservistas da Guarda Nacional e do Exército sentem-se pessoalmente melhor preparados para realizar seus serviços em tempo de guerra. O conflito entre as avaliações sobre a capacidade das unidades e a pessoal, segundo o jornal, pode ser explicada pelo fato de que muitos reservistas têm sido alocados de forma aleatória em unidades que servem no Iraque, o que provocaria falta de coesão e confiança entre os membros desses grupos de combate.

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