A lista de Fatos reúne acontecimentos relevantes e é um ponto de partida para a Oficina de Informações. O bom jornalismo, que não dispensa um ponto de vista, deve, no entanto, partir dos fatos, tais como eles são, independentemente de nossos desejos e intenções.
A manifestação no Rio de Janeiro contra o sexto leilão de áreas petrolíferas do país
PROTESTO NO RIO
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A manifestação foi organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A Polícia Militar (PM) estimou que cerca de mil pessoas participaram; os organizadores falaram em 3 mil. Dois carros de som e uma bandeira do Brasil de cerca de 70 m2 foram usados para chamar a atenção do público. As entidades alegam que essas áreas são vizinhas a locais onde a Petrobras já encontrou petróleo e que, por isso mesmo, são grandes as possibilidades de sua existência nas regiões leiloadas. "Estão indo a leilão áreas em que a Petrobrás investiu", disse Antônio Carrara, coordenador da FUP. "É bilhete premiado", afirmou o secretário de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Antônio Carlos Spis.
Mixaria No leilão, serão oferecidos 913 blocos, em 29 setores de 12 bacias sedimentares, totalizando 202.739 km2. Cada bloco tem um preço mínimo cujos valores variam de R$ 10 mil (caso das bacias maduras de Espírito Santo, que estão localizadas em terra) até R$ 30 milhões (um dos blocos situado na bacia Sergipe-Alagoas). A soma dos preços mínimos de todos os blocos atinge R$ 311,98 milhões. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), nove das 24 empresas que já se apresentaram para o leilão pertencem a grupos que faturam mais de US$ 10 bilhões por ano: Amerada Hess, Encana, Epic (El Paso), Petrobrás, Repsol, Shell, SK, Statoil e Total. Das 24 participantes, nove são do Brasil, sete da Europa, seis dos EUA e Canadá, um da Ásia e um da Oceania.
Além de apresentar uma oferta igual ou superior ao preço mínimo em um envelope fechado, a empresa participante também deve apresentar um programa exploratório mínimo (quantos poços pretende perfurar, por exemplo) e assumir o compromisso de utilizar pelo menos 65% de bens e serviços produzidos no Brasil. |
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