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A ação de busca e apreensão pela Polícia Federal na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília
CASO WALDOMIRO
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A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quinta-feira na sede da Caixa Econômica Federal (CEF) documentos, agendas e computadores. No fim do dia, porém, a Justiça determinou, alegando que houve "excesso" na ação policial, a devolução de parte do material, acatando pedido do banco, que acusou PF e procuradores de agirem politicamente.
A polícia se recusou a devolver os discos rígidos de computadores apreendidos, que não estariam na relação de apreensão determinada pela Justiça. O delegado Antônio César Nunes, que comandou a busca e apreensão, disse que não devolveu parte do material por ter feito pedido de reconsideração à juíza.
A operação de busca e apreensão faz parte das investigações do caso Waldomiro Diniz, que apura irregularidades na renovação do contrato de loterias entre a Caixa e a multinacional Gtech.
O pedido de busca e apreensão foi feito pela PF em conjunto com o procurador da República José Robalinho Cavalcante. No fim da tarde, um oficial de Justiça, acompanhado de advogados da CEF, chegou ao prédio da PF para retomar o material. Em despacho, a juíza Maria de Fátima Pessoa Costa, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou à PF "que restitua, de imediato, à Caixa Econômica Federal os discos rígidos dos computadores que foram apreendidos em excesso ao referido mandado".
No mandado, a juíza autorizava a apreensão de "registro de acesso" à sede da Caixa no período de janeiro a dezembro de 2003, além do recolhimento de "todas as agendas (inclusive eletrônicas), registros de controle, ou memória, de reuniões, encontros, acessos, telefonemas recebidos e enviados" de todo o ano de 2003. Segundo a juíza a PF se excedeu ao apreender os discos rígidos dos computadores.
Em nota, o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, disse que o Ministério Público e a PF agiram com "motivação política" ao cumprir os mandados. |
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