A lista de Fatos reúne acontecimentos relevantes e é um ponto de partida para a Oficina de Informações. O bom jornalismo, que não dispensa um ponto de vista, deve, no entanto, partir dos fatos, tais como eles são, independentemente de nossos desejos e intenções.
A discussão do Orçamento Geral da União no Congresso: 1) o discurso do presidente da República fazendo um apelo ao Congresso para que aprove rapidamente o Orçamento apresentando como argumento "as turbulências internacionais"; 2) a decisão dos partidos da oposição de permanecer em Brasília até amanhã para tentar concluir a votação do relatório geral sobre o Orçamento; 3) as negociações para o estabelecimento de um salário mínimo intermediário entre 200 e 220 reais, entre os partidos da oposição e a base governista
- Numa entrevista em Brasília o presidente Fernando Henrique Cardoso fez um apelo ao Congresso para que aprove rapidamente o Orçamento de 2002. O presidente explicou que existem mecanismos que permitem que o governo continue trabalhando mesmo com a aprovação do Orçamento ocorrendo apenas em fevereiro, mas haveria prejuízos para a população, como a perda de investimentos. "O governo pode funcionar sem o orçamento, talvez até aumente o superávit primário. Mas o objetivo do governo não é aumentar o superávit primário. É realizar programas, sobretudo os programas sociais que atendem ao povo", disse. Conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2002, se o Orçamento não for sancionado pelo presidente da República até o dia 31 de dezembro, só poderá ser executado para pagar despesas básicas, como folha de pessoal e benefícios da Previdência. FHC aproveitou a crise política na Argentina para cobrar do Congresso a aprovação do Orçamento. "Fiz um apelo para que o Congresso vote o Orçamento. É o momento de o Brasil perceber que caminhamos muito e que temos de avançar mais. Porque enquanto estamos discutindo qual será o nível do aumento do salário, a nossa querida irmã Argentina discute qual será o nível de redução dos salários". FHC negou que a necessidade de votar o Orçamento este ano tenha alguma relação com a crise na Argentina. "Aqui não existe nem crise institucional nem social", disse
- A sessão extraordinária do Congresso poderá se estender até a próxima sexta-feira se houver consenso entre os parlamentares para a aprovação do Orçamento. O presidente do Congresso, Ramez Tebet (PMDB-MS), afirmou que vai esperar até sábado para assinar uma nova auto-convocação. A Comissão Mista do Orçamento deverá discutir e votar o parecer do relator-geral até amanhã e o plenário aprecia a matéria entre 26 e 28 de dezembro. No caso de um acordo, a oposição exigiu até o fim da próxima semana para apreciar o Orçamento, para dar tempo de apurar denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas quando os relatórios setoriais foram feitos. As denúncias passaram a ser chamadas de "o escândalo dos R$ 30 milhões". O relator geral do orçamento, deputado Sampaio Dória (PSDB-SP), teria destinado R$ 30 milhões, na forma de emendas orçamentárias, para cada líder de partido governista e para cada membro da Mesa Diretora da Câmara e do Senado. No total essa concessão representaria R$ 850 milhões.
- A divergência entre os parlamentares sobre o valor do salário mínimo poderá ser acordada ainda hoje. Ontem pela manhã, o líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ), insistiu em manter a obstrução, defendendo um salário de R$ 220, mas no final da tarde avisou: "as negociações foram reabertas". O mínimo poderá ficar entre os R$ 200, como queria o governo, e os R$ 210 defendidos pela oposição. O PT deu prioridade à negociação em torno das dívidas dos agricultores familiares (Pronaf) e assentados da reforma agrária (Procera). "Nós recuamos. Falta o governo fazer o mesmo nessa questão", disse o líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro.
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As reações à crise argentina: 1) as declarações do presidente Fernando Henrique, em entrevista coletiva antes de embarcar para o encontro de presidentes do Mercosul, no Uruguai, de que não há possibilidade de o Brasil se contaminar com a crise institucional argentina, e que, em suas mãos, "o país nunca chegará a uma situação desse tipo, de ter que discutir redução de salários"; 2) a divulgação por O Estado de S. Paulo da informação de que os embarques de mercadorias e o fluxo financeiro entre Brasil e Argentina praticamente pararam após a decretação do estado de sítio, e que já ocorrem demissões em transportadoras brasileiras; 3) a alta do dólar, que fechou em R$ 2,335, com valorização de 1,65%, e a queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em 2,79%
- O presidente FHC declarou que "o Brasil não só se descolou da Argentina como tem fundamentos econômicos bons". Ao ser questionado sobre que tipo de contaminação o Brasil está sujeito diante da crise institucional argentina, FHC respondeu que "a situação do Brasil é totalmente diferente, institucionalmente. Não temos crise social, não temos crise política". "É preciso verificar que nós, aqui, estamos discutindo aumentos e redução de custos, redução da gasolina e aumentos de salário, enquanto que, em outros países, está se discutindo a redução de salários. Nas minhas mãos, o Brasil nunca chegará a uma situação desse tipo, de ter que discutir redução de salários", afirmou. Segundo ele, a crise no país vizinho "aconteceu porque não houve condições objetivas para que a Argentina retomasse o caminho da prosperidade e, talvez, por uma insistência por muito tempo em uma política econômica cujos resultados, se via, eram escassos".
- FHC fez um apelo ao Congresso para que acelere a votação do Orçamento de 2002, para mostrar ao mundo que o Brasil está no caminho certo e garantir tranqüilidade num momento de turbulências internacionais como o atual.
- O presidente avaliou ainda que a crise argentina não comprometerá o Mercosul. "No Brasil, já tivemos impeachment, presidentes que renunciaram e o Mercosul continuou", declarou. Segundo ele, é importante que se mantenha a integração regional, para que o bloco possa continuar negociando com outros países e blocos do mundo. O Brasil manterá suas transações, como Mercosul, com a Comunidade Andina e a União Européia. "Estamos ainda no ínicio de uma difícil negociação na Alca. Nesse momento, temos de ter ainda mais presença no Mercosul", afirmou.
- FHC afirmou estar disposto a pedir aos presidentes do Mercosul apoio político à Argentina e ir advogar a causa argentina "junto ao presidente George W. Bush e ao Fundo Monetário Internacional", assim que for decidida a sucessão de De la Rúa.
A declaração do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, de que "o mercado funcionou com tendência de equilíbrio, o que representa certo amadurecimento e confiança"
- Em entrevista coletiva, Fraga afirmou que "mais importante do que administrar a turbulência do nosso vizinho é cuidar do descolamento do nosso passado de alto risco". Ele acredita que o Brasil será atingido principalmente nas questões comerciais. "A grande torcida é que eles (a Argentina) recuperem o equilíbrio e voltem a crescer. A torcida de médio prazo é que eles preservem espaço para a discussão da moeda única".
O alerta do secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior, Roberto Gianetti da Fonseca, aos exportadores para que tenham cautela em suas negociações com os argentinos
- Gianetti pediu ontem que os exportadores, principalmente os pequenos e médios, analisem muito bem as cartas de crédito fornecidas pelos importadores argentinos como garantia para o embarque das mercadorias. "Se a carta de crédito for, por exemplo, confirmada pelo Banco do Brasil, tudo bem. Mas se for garantida por um banco argentino, ela pode ser duvidosa".
O comunicado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que aconselha os empresários a aproveitar as oportunidades de negócio na Argentina, caso aconteça uma desvalorização do peso
- No caso de uma possível desvalorização, "haverá oportunidades interessantes na Argentina. Se não comprarmos bons negócios lá, outros países o farão", avaliou a diretora da Fiesp, Clarice Messer.
A interrupção dos embarques de mercadorias e do fluxo financeiro entre Brasil e Argentina, após a decretação do estado de sítio
- Os frigoríficos exportadores de aves e suínos tiveram suas negociações totalmente interrompidas com a Argentina nesta última semana. Há cerca de 2 mil caminhões brasileiros e argentinos parados na cidade de Jacari, na Argentina, a cerca de 300 quilômetros da fronteira com o Brasil. A população bloqueou as estradas que dão acesso às principais cidades do país. Nesta quinta-feira, vários caminhões foram saqueados, segundo informações da Associação Nacional de das Empresas de Transportes Rodoviários de Carga (NTC). A crise já provocou demissões nas transportadoras brasileiras.
A queda da Bolsa de Valores de São Paulo em 2,79% e a alta do dólar, de 1,65%, que fechou em R$ 2,335
- A moeda americana já abriu com forte alta, subindo 1,87%, a R$ 2,34; mas recuou durante o dia. As taxas futuras de juros também fecharam em alta.
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O anúncio pelo presidente da República de aumento no preço do gás de cozinha e de subsídio de R$ 7,00 para que as famílias mais pobres possam comprar o combustível; e de redução no preço da gasolina e do óleo diesel, a partir de 2 de janeiro
- O gás de cozinha terá um aumento de 12%, com o fim do subsídio determinado pela nova lei que regulamenta a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) -- que taxará os derivados do petróleo -- sancionada nesta quinta-feira pelo presidente FHC. Segundo o governo, isso significará um aumento médio de R$ 2,30 no preço do botijão de 13 quilos. Será concedido um "vale gás", no valor de R$ 7,00, para cerca de 9 milhões de famílias de baixa renda, inscritas em programas sociais. O preço da gasolina deve cair cerca de 20% para os consumidores, já que, com as novas regras de tributação no setor, esta ficará 25% mais barata nas refinarias. O óleo diesel terá uma redução de 8% para as distribuidoras, e deverá ficar 6% mais barato nas bombas. A redução dos preços ocorrerá nos postos de combustível da BR Distribuidora, ligada à Petrobrás, mas o mercado é livre e não há garantia de que todos os revendedores aplicarão o redutor de preço estimado pelo governo.
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A definição do PSDB pela candidatura de José Serra: 1) a divulgação das notícias sobre o jantar no Palácio da Alvorada entre o presidente da República e governadores e ministros do PSDB na quarta-feira à noite, que teria concluído que a pré-convenção do partido apenas homologará a candidatura de José Serra a presidente; 2) o anúncio pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de seu apoio à candidatura de Serra
- A reunião entre a bancada do PSDB, quarta-feira, em Brasília, sem a presença do ministro José Serra, terminou com a decisão de que a pré-convenção do PSDB servirá apenas para homologar o nome de Serra, que deve assumir logo a sua candidatura à Presidência. O recado será dado a Serra pelo presidente do PSDB, José Anibal (SP), em reunião prevista para ocorrer nesta sexta-feira. "Ele deve assumir logo que é candidato. Pode até ficar no Ministério, não há nenhuma incompatibilidade, mas precisa assumir", disse Aníbal. Apesar das intenções de seu partido, Serra ainda não assumiu uma postura definitiva. Durante inauguração de um centro cirúrgico em Bagé, no Rio Grande do Sil, disse que está "dedicando todo o seu tempo ao trabalho na pasta da saúde". O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que esteve presente na reunião do PSDB em Brasília, declarou apoio público à candidatura do ministro Serra. "O governador Tasso Jereissati (CE) e o governador Dante Oliveira (MT) declinaram das pré-candidaturas, então Serra é o candidato do partido", declarou Alckmin.
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A divulgação por O Estado de S. Paulo da informação de que o francês Bernard Cassen, do Le Monde Diplomatique, presidente do grupo Attac, e um dos integrantes da coordenação do Fórum Social Mundial, a se realizar em Porto Alegre no final de janeiro, tem se empenhado nos últimos dias para que o presidente de Cuba, Fidel Castro, desista de ir ao encontro, para o qual teria sido convidado
- segundo o jornal, dirigentes da Attac -- que foi um dos prinipais integrantes da organização do fórum realizado em Porto Alegre neste ano -- pretendem dissudir Fidel da idéia, temendo que uma excessiva politização possa prejudicar o encontro. O convite a Fidel teria sido formulado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e confirmado pelo presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, quando esteve em Havana, no início deste mês. "Se ele [Fidel] viajar, poderá criar uma situação delicada para nós", disse um dirigente da Attac, segundo o jornal Le Monde, admitindo dificuldades de administrar a questão.
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A apresentação pelo ministro das Minas e Energia do novo mapa geológico brasileiro, destinado a pesquisadores e investidores, cujo objetivo seria ajudar o governo a injetar no setor investimentos de US$ 35 bilhões, particularmente de capital estrangeiro, em 10 anos
- O ministro das Minas e Energia, José Jorge, apresentou no Rio de Janeiro o trabalho intitulado "Mapas Geológicos de Recursos Minerais e Tectônicos do Brasil e Áreas Tectônicas Adjacentes". Segundo o ministro, o novo mapa geológico servirá de base para investimentos e planejamento nos setores mineral e de petróleo. José Jorge disse que o fim da "discriminação ao capital estrangeiro" foi fundamental para a recuperação da competitividade do setor de recursos minerais. O diretor e presidente do Serviço Geológico do Brasil disse que o país ainda sofre de grande carência de bases cartográficas de qualidade. De acordo com ele, a escala em que os mapas foram confeccionados vai permitir que empresas de prospecção mineral, de petróleo, e aquelas ligadas a águas subterrâneas tenham uma base mais confiável para subsidiar seus projetos. "A atividade mineral convive extremamente bem com o meio ambiente e pode ser um vetor de desenvolvimento", disse. O novo mapa é composto por quatro cartas -- uma geológica, duas metalogênicas e outra tectônica. As cartas metalogênicas mostram os recursos minerais, industriais e metálicos que, integrados às informações geológicas, refletem a formação e as condições favoráveis dos terrenos para mineralizações. As tectônicas revelas a distribuição dos tipos de rochas e as estruturas geológicas. E as cartas geológicas trazem dados estruturais e a evolução geológica no Brasil.
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As declarações do presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), ministro Pedro Parente em que admite que o problema do setor elétrico, apesar de assinado o acordo entre o governo e empresas geradoras e distribuidoras de energia, não está resolvido e que há "muitos nós", especialmente no Mercado Atacadista de Energia (MAE)
- "Nós vamos nos debruçar sobre o MAE na próxima reunião para discutir a revitalização do setor", que está marcada para a 2ª semana de janeiro, disse Parente. Ele afirma que o MAE tem um sério problema de governança corporativa e garante que esse mercado será "destravado". "O MAE é a febre, não a infecção, é conseqüência, não causa. Não funciona porque todo o setor de energia ficou caótico, desordenado", disse. Os nós que, segundo ele, ainda precisam ser desatados, incluem o pagamento pela energia livre gerada pelas novas termelétricas e a disputa envolvendo a propriedade sob o excedente da energia de Itaipu, que hoje é motivo de discordâncias entre a Eletrobrás e as distribuidoras. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Francisco Gros, confirmou que os recursos para o financiamento de R$ 5,4 bilhões para as empresas geradoras e distribuidoras, acertado em reunião na última quarta-feira, não sairão do banco, e sim do Tesouro, mas o risco será do BNDES, que repassará o dinheiro às empresas. Segundo Pedro Parente, "os recursos virão do Tesouro para não onerar o orçamento do BNDES nem prejudicar seus clientes". O setor industrial será responsável por cerca de 50% da receita extraordinária arrecadada pelas empresas elétricas com os novos reajustes (2,9% para consumidores residenciais e 7,9% para o setor produtivo e de serviços) concedidos pelo governo para cobrir as perdas do setor com o racionamento. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apesar de considerar o aumento diferenciado injusto, não deverá contestar judicialmente a decisão do governo.
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A divulgação pelo Dieese dos índices de emprego e desemprego no mês de novembro, que teria sido o 2º pior em São Paulo desde 1985
- A taxa de 17,9% foi a 2ª maior já registrada num mês de novembro, atrás apenas de de 1999, quando atingiu 18,6%. Segundo a estimativa do Dieese, 1,668 milhão de pessoas estavam desempregadas no mês passado na RMSP. Os dados constam da pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos e Sócio-Econômicos (Dieese). Segundo o relatório, em outubro a renda média dos trabalhadores da RMSP caiu 15,2% em relação ao mesmo mês do ano passado para R$ 841,00.
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A apresentação pelo IBGE dos resultados das Contas Nacionais do ano 2000, que mostram que a carga de impostos é a maior desde 1947
- A arrecadação de impostos dos governos federal, estaduais e municipais em 2000 atingiu R$ 351,44 bilhões, volume 15,25% maior do que em 1999, e representou 32,64% do Produto Interno Bruto (PIB). É a maior participação dos impostos na soma das riqueza produzidas pelo país desde 1947, quando o PIB começou a ser pesquisado. O imposto de renda foi a maior fonte individual de recursos, com R$ 83,08 bilhões. seguido pelo ICMS, com R$ 82,27 bilhões. A expansão da carga tributária fez cair a necessidade de financiamento externo do governo, de R$ 70,5 bilhões em 1999 para R$ 50,4 bilhões em 2000. O PIB total de 2000 foi de R$ 1,086 trilhão -- 4,36% maior que o do ano anterior.
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O lançamento pelo IBGE da publicação "Estatísticas do Registro Civil", correspondente ao período 1997-98, segundo a qual ocorrem altas taxas de subnotificação do óbito infantil, em especial no Norte do país, onde o índice é de 60%
- O relatório, que traz dados sobre nascimentos, óbitos, separações judiciais e divórcios, diz que a estimativa é de que mais de 43% dos óbitos de menores de 1 ano não tenham sido registradas em todo o Brasil. O percentual alcança 90% no Maranhão e Piauí. Dos 3,5 milhões de nascimentos ocorridos em 1998, segundo estimativas do IBGE, apenas 2,5 milhões foram registrados. O Departamento de População e Indicadores do IBGE estima que, em 1998, morreu 1,11 milhão de pessoas no Brasil. Dessas, apenas 933 mil mortes foram registradas, o que dá uma subnotificação de 17,9% -- era 19,2% no ano anterior. Para o pesquisador Adalton Bastos do IBGE, a questão é cultural. "A falta de registros de óbitos infantis é muito comum em cidades do sertão e do interior". "As famílias não vêem necessidades de registrar a morte, ainda mais porque, na maioria dos casos, o nascimento também não havia sido notificado". A análise do IBGE é de que o número é alto, especialmente se for levado em conta que em 1997 foi aprovada a lei que determina a gratuidade do registro civil de pessoa física.
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O envio pelo presidente da Argentina, Fernando de la Rúa, de carta de renúncia ao Congresso argentino, após o fracasso das negociações políticas para a formação de um novo governo e diante dos protestos e saques que ocorrem em várias partes do país; a determinação de 3 juízes federais proibindo o ex-ministro da Economia, Domingo Cavallo, de sair do país sem autorização judicial; e as reações internas à renúncia presidencial
A renúncia de De la Rúa
- "Minha mensagem de hoje para assegurar a governabilidade e constituir um governo de unidade foi rechaçada por líderes parlamentares. Confio em que minha decisão contribuirá para a paz social e a continuidade da república", escreveu De la Rúa em sua carta manuscrita enviada ao Senado.
- Após a entrega da carta, de acordo com as agências internacionais de notícias, De la Rúa saiu da Casa Rosada, sede do governo, para a residência presidencial de Olivos, para encontrar-se com sua família.
- Segundo a agência espanhola Efe, antes de concretizar a renúncia, o fato já havia sido informado aos jornalistas pelo senador Carlos Maestro, o qual teria afirmado que o presidente lhe havia comunicado por telefone sobre a renúncia, em virtude de ser "impossível" a formação de um governo conjunto com os peronistas.
- Ainda segundo a agência, o líder dos deputados do Partido Justicialista, Humberto Roggero, havia dito que "de maneira nenhuma" o partido ia oferecer "nem homem nem nomes a nenhuma política de governo conjunto na Argentina".
- Segundo as agências, o Congresso irá definir nos próximos dias o processo de sucessão presidencial, o qual poderá seguir por duas vias: a convocação de eleição popular para a escolha de um novo presidente da República ou a nomeação de um presidente provisório que assuma o mandato de De la Rúa pelo tempo restante até a data das próximas eleições, marcadas para 2003. Caso essa 2ª opção prevaleça, assumiria o presidente do Senado, Ramón Puerta, em virtude da Lei de Acefalia (a falta do presidente e do vice, no caso Carlos "Chacho" Álvarez, que havia renunciado no fim do ano passado).
Os protestos populares
- A Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, foi ocupada desde a véspera por milhares de manifestantes que protestavam contra o governo e a política econômica do país. As manifestações se estenderam por vários quarteirões e houve várias ocorrências de choque entre os manifestantes, que atiravam pedras, paus e ateavam fogo em tapumes de obras, e a polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes.
- Segundo as agências, 21 pessoas foram mortas até agora em conflitos entre manifestantes e a polícia, 5 deles atingidos por balas na Praça de Maio, 9 na região periférica da capital durante ações de saques contra supermercados, e o restante em outras Províncias também em conflitos relacionados aos saques, que vêm ocorrendo desde o começo da semana.
- Outro lugar de grande incidência de protestos foi o Congresso Nacional, onde se concentrou também grande número de manifestantes.
- De acordo com as agências houve "panelaço" acompanhado por toque de buzinas e batucada em latas de lixo pela cidade durante toda a madrugada, além do início de um incêndio nos andares inferiores do Ministério da Economia.
- Houve registros de saques a residências em Buenos Aires, mas principalmente na Província de Buenos Aires, que circunda a capital.
- No fim da tarde, empresas responsáveis por trens urbanos e metrôs anunciaram a paralisação dos serviços.
- Segundo o Jornal do Brasil "com exceção da Patagônia, não houve uma só cidade na Argentina ontem onde não tenham ocorrido protestos."
A situação do ex-ministro Domingo Cavallo
- Após o pedido de demissão, Cavallo havia solicitado a De la Rúa proteção especial para ele e sua família. De acordo com as agências, o edifício onde mora, situado na esquina de duas importantes ruas da cidade, foi cercado por manifestantes, que pediam sua prisão ou expulsão do país.
- O juiz penal econômico Julio Speroni determinou, pela manhã, que o ex-ministro está proibido de deixar o país em virtude de estar sendo investigado sob suspeita de envolvimento em contrabando cometido durante operação ilegal de armas para a Croácia e o Equador, enquanto era ministro da Economia no governo de Carlos Menem, entre 1991 e 1996.
- Pela tarde, o juízes federais Jorge Luis Ballestero e Rodolfo Canicoba Corral emitiram a decisão, pautando-se em dois outros processos que envolvem Cavallo, de acordo com a Folha de S. Paulo. Um investiga a operação de megatroca da dívida pública efetuada pelo ex-ministro em meados deste ano e, o outro, o direcionamento de verbas federais para a luta contra o narcotráfico.
- Segundo as agências, a Polícia Federal mantinha forte esquema de segurança em torno do apartamento de Cavallo.
A decisão das centrais sindicais de manter a convocação para greve geral a partir desta sexta-feira
- "A convocatória da greve geral continua de pé. Exigimos o fim da decretação do estado de sítio e urgentes mudanças na política econômica" afirmou em comunicado a assessoria da CGT dissidente.
- Segundo a Folha de S. Paulo, a CGT oficial anunciou o começo da greve às 18h00 desta quinta-feira. Os primeiros a parar foram os metroviários e ferroviários.
A reação do mercado financeiro
- O Banco Central da Argentina decretou feriado bancário durante a quinta-feira, com previsão para estender-se, em princípio, até esta sexta-feira. Apenas algumas operações, como o saque de salários e pensões, com o limite semanal de US$ 250, estabelecido em declaração emitida no fim da tarde.
- Estão suspensas também todas as operações interbancárias que necessitem de intermediação do BC.
- O índice Merval, o principal da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou o dia com alta de 47,7 pontos (17,5%) para 320,46 pontos.
- O risco-país fechou o dia em 4.460 pontos, atingindo novo recorde.
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As declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Paul O`Neill, e do porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Thomas Dawson, negando qualquer possibilidade de ajuda adicional à Argentina
- Em declaração ao The Wall Street Journal, O`Neil disse que a crise da Argentina é de total responsabilidade do governo do país e que o Tesouro americano não vai oferecer ajuda. "A iniciativa tem que vir das lideranças do país. Não é algo que possa ser imposto de fora", disse o secretário. Segundo ele, "muito claro que eles [o governo argentino] não podem pagar este nível de dívida [US$ 132 bilhões]".
- O porta-voz da Presidência dos EUA, Ari Fleischer, também reiterou que não haverá ajuda dos EUA à Argentina. "O presidente [George W. Bush] gostaria de ver a Argentina trabalhando com o FMI sobre esta difícil situação...", afirmou Fleischer, de acordo com as agências internacionais.
- O porta-voz do FMI, por sua vez, declarou, em entrevista coletiva, que o fundo não oferecerá ajuda ao país até que um novo governo inicie uma política econômica sustentável. "Precisamos ter novos interlocutores", disse Thomas Dawson, que negou a responsabilidade do fundo na crise argentina, alegando que o governo do país decidiu seu próprio regime de câmbio, mesmo sob alerta dos riscos que isso implicaria. O porta-voz afirmou que não há nenhuma reunião do FMI marcada para discutir a crise argentina, já que a instituição encontra-se em recesso para o feriado natalino.
As manifestações de apoio à Argentina por parte de países que estão sentindo os efeitos da crise
- Nesta quinta-feira, o Congresso espanhol aprovou uma declaração de solidariedade com o povo argentino, pedindo que "se intensifiquem as ações internacionais, especialmente na União Européia, no FMI e no Banco Interamericano de Desenvolvimento, que contribuam para superar a grande crise econômica e política".
- Após a declaração de estado de sítio pelo governo argentino, as ações das maiores companhias da Espanha caíram drasticamente. As do Banco Bilbao Vizcaya fecharam com queda de 1,5%, enquanto que as do Santander Central Hispano S/A fecharam com baixa de 2,9%. Os dois bancos possuem os maiores investimentos, entre os bancos espanhóis, na Argentina. A Espanha investiu mais de 21 bilhões de euros no país nos últimos 3 anos, segundo sua Secretaria de Estado de Comércio e Turismo.
- O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi declarou que a Itália está disposta a oferecer todo o apoio à Argentina. "Vamos ajudá-los, porque consideramos a Argentina como um país amigo, inclusive porque lá vivem muitos italianos".
- O presidente do Chile, Ricardo Lagos, em entrevista à rede estatal de TV, que "é preciso dar um sinal de tranqüilidade ao resto do mundo para evitar que haja contágio nos outros países", pedindo que o FMI ajude na crise argentina.
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A aprovação pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) do envio de uma força de entre 3 mil e 5 mil homens para o Afeganistão sob a liderança do Reino Unido
- O Conselho aprovou uma Força Internacional de Segurança e Assistência (ISAF) para o Afeganistão, a fim de garantir estabilidade ao governo de transição afegão por 6 meses, até a assembléia da Lorga Jirga, como foi determinado na Conferência em Bonn, em 5 de dezembro último . Segundo o The Wall Street Journal, a ONU aprovou também o artigo do Capítulo 7, o qual permite o uso de força pelas tropas se necessário. A ISAF será comandada por oficiais britânicos, mas em caso de conflito ficou estabelecido que os EUA assumirão o comando e poderão coordenar uma eventual evacuação de tropas. O Reino Unido se comprometeu de enviar 1.500 soldados e aproximadamente 200 marines britânicos desembarcaramem Cabul, antes da posse do novo governo provisório. De acordo com informações do jornal El Pais, Mohamed Fahim, que deverá ocupar o Ministério da Defesa no Afeganistão, os soldados das tropas internacionais possuem apenas papel simbólico, já que "a segurança é responsabilidade dos afegãos". O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu à comunidade internacional que bloqueie os bens de mais duas organizações paquistanesas, a Umma Tameer-i-Nau (UTN) e a Lashkar-i-Taiba, suspeitas de apoiar atos terroristas. Segundo Bush, a UTN utilizou a fachada de entidade de caridade para ajudar os terroristas. Bush disse que a UTN "providenciava informações sobre armamentos nucleares para a Al Qaeda". De acordo com The Wall Street Journal, os governos paquistanês e americano investigam diretores da entidade acusados de ajudarem, com informações técnicas sobre a construção de armamentos nucleares, o grupo de Osama bin Laden. O criador da UTN, Bashir ud Din Mahmoud, é um cientista, ex- funcionário paquistanês da comissão de energia atômica. Bush também acusa o grupo Lashkar-i-Taiba, com sede na Caxemira, de usar o terrorismo para prejudicar as relações entre a Índia e o Paquistão. De acordo com informações de agências internacionais de notícias, o grupo é acusado de ser o responsável pelo atentado suicida da semana passada contra o Parlamento indiano. As organizações não possuem representação nos EUA. Segundo informações de agências internacionais de notícias, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou resolução exortando o presidente do Iraque, Saddam Hussein, a permitir o retorno a Bagdá dos inspetores de armas da ONU. Tom Lantos, deputado do Comitê de Relações Internacionais disse que: "Saddam tem uma última chance de fazer o que é obrigado há uma década".
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A destruição de um avião militar da Indonésia, atingido por forças rebeldes quando se preparava para aterrissar num aeroporto da Província de Aceh
- O avião Lckheed Hercules C-130 preparava-se para pousar no aeroporto de Lhokseumaw, cidade no nordeste da província de Aceh (de maioria muçulmana) quando pegou fogo, conforme declarou o porta-voz do Exército indonésio, Maj. Zainal Mataquin. Tiros de rebeldes que estavam próximos ao aeroporto teriam provocado o incêndio no avião, numa ação que foi atribuída ao Movimento para a Libertação de Aceh, que desde 1976 luta pela independência da região. De acordo com a agência estatal Antara, todos as 93 pessoas a bordo sobreviveram. O porta-voz dos rebeldes, Amri Abdul Wahad, assumiu que o grupo foi autor do atentado. "Nós fizemos isso e faremos de novo se os militares indonésios insistir em mandar mais tropas a Aceh", disse Wahad, que declarou que havia "mais de 150 homens na missão". De acordo com o The Wall Street Journal , conflitos entre militares e os rebeldes na região causaram a morte de 7 pessoas nos últimos 2 dias.
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A divulgação por fontes militares da Índia de que em confronto com militantes separatistas na região da Caxemira, 5 dos rebeldes foram mortos; e a entyrevista coletiva do indiano Mohammad Afzal, que se encontra preso sob acusação de participar nos atentados contra o Parlamento indiano ocorrido recentemente, durante a qual confessou ser a pessoa responsável por facilitar a ação dos terroristas, os quais teriam recebido armas do Exército paquistanês e apoio do serviço secreto do Paquistão
- De acordo com o The Wall Street Journal, um porta-voz do Exército indiano, nesta quinta-feira, assumiu a responsabilidade pela morte de 5 militantes islâmicos na Caxemira, ocorridas na batalha enquanto soldados indianos tentavam cruzar a linha que divide a província, da parte de seu país para a paquistanesa. Policiais e soldados militares paquistaneses alegaram ao mesmo jornal que tropas dos dois países trocaram intensos tiros de artilharia pesada durante toda a madrugada de quinta-feira, o que resultou na destruição de 3 aldeias paquistanesas. O Exército indiano declarou que o ataque na fronteira com o Paquistão foi uma retaliação ao atentado contra o Parlamento indiano, atribuído, pelo governo do país, aos grupos separatistas Lashkar-e-Tayyba e Jaish-e-Mohammed, que possuem bases no Paquistão. No mesmo dia, um indiano que se encontra preso na Caxemira, como suspeito do atentado, concedeu entrevista à rede de TV Star Television e outros meios de comunicação do país, após receber autorização do Exército. Mohammad Afzal declarou, em frente às câmeras, que facilitou a ação do grupo suicida que agiu no Parlamento, e que este era composto de paquistaneses. De acordo com Afzal, os membros do grupo mantinham contato constante com a organização Jaish-i-Mohammed, uma das acusadas pelo governo da Índia. Segundo Afzal, "o Exército paquistanês forneceu as armas. O ISI (Serviço Secreto do Paquistão) forneceu o resto".
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O comunicado do Exército de Israel de que suas tropas cometeram um erro profissional quando colocaram uma bomba na Faixa de Gaza, que acabou matando 5 crianças palestinas em novembro último; e os conflitos entre militantes do grupo fundamentalista Hamas e forças de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP)
- Segundo o The Wall Street Journal, as crianças com idade entre 7 e 14 foram mortas quando acionaram uma bomba, que estava no caminho da escola, no campo de refugiados Khan Younis. O Exército israelense afirmou que "o local em que foi implantada a bomba foi resultado de um erro profissional e de um erro de decisão" e que os responsáveis "receberão uma repreensão". Segundo informações de agências internacionais de notícias, forças de segurança palestina tentaram prender um dos principais líderes do Hamas, Abdul Aziz Rantissi, em sua casa. Os policiais da ANP enfrentaram centenas de manifestantes, simpatizantes do Hamas, que estavam na frente da casa para impedir a prisão. O conflito deixou pelo menos 23 feridos, dos quais 18 eram policiais, e um morto.
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A divulgação pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de relatório segundo o qual se houvesse um incremento pelos países ricos de recursos na área de saúde nos países pobres, haveria uma melhoria expressiva também nas áreas política e econômica dessas nações
- Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, um estudo realizado por respeitados economistas e sanitaristas apresentado pela Comissão de Macroeconomia e Saúde da OMS, diz que se fossem investidos US$ 66 bilhões por ano nas nações pobres, o retorno econômico seria de US$ 360 bilhões. Agências de saúde americanas informaram que 15 pessoas morreram no Gabão, desde a identificação do vírus em dezembro, e que 11 casos foram detectados na República do Congo. Autoridades de saúde acreditam que uma mulher infectada com o vírus ebola viajou do Gabão para a República do Congo, transmitindo o vírus. Uma junta médica de ambos os países tentam identificar todos que tiveram contatos com as vítimas. A OMS informou que mais de 800 pessoas morreram em conseqüência da doença desde a identificação do vírus em 1976 em Sudão.
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A divulgação pelo The Wall Street Journal da informação de que o antraz continua se espalhando mais amplamente do que o esperado numa instalação dos correios em Brentwood
- Funcionários do Departamento de Saúde dos EUA afirmaram, nesta quinta-feira, que a contaminação por antraz nas agências das Brentwood, que possui filiais em Nova Iorque, Nova Jersey e na Flórida, está se espalhando mais rapidamente do que se esperava, conforme noticiou o The Wall Street Journal. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) ainda não sabe bem qual é o tratamento adequado para os contaminados, deixando para os próprios a decisão de escolher entre os antibióticos, que podem não fazer efeito caso a bactéria tenha se tornado resistente a ele, e as vacinas experimentais, cujos efeitos colaterais ainda não são totalmente conhecidos. Reações alérgicas, dores intensas em juntas e músculos, abortos espontâneos e infertilidade são alguns dos efeitos registrados em algumas das pessoas que tomaram a vacina. Patricia Johnson, presidente dos União dos Trabalhadores dos Correios dos EUA, disse que "não há informação suficiente" sobre o que deve ser passado aos funcionários para que se previnam contra a doença. As rede Brentwood possui mais de 3 mil trabalhadores e resolveu indicar a eles que tomem uma destas 3 providências: continuar tratamento com antibióticos por 60 dias (para quem iniciou a medicação), tomar antibióticos por mais de 40 dias (para quem já foi medicado), ou tomar antibióticos junto com a vacina experimental. Os diretores das agências, porém, não sabem qual destes é o melhor tratamento e nem quem está sob maior risco de contrair a doença.
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A divulgação pelo Ministério das Finanças do Japão, do perfil do Orçamento para o próximo ano fiscal, o qual sugere um corte recorde de 2,3% nos gastos gerais
- Segundo informações da agência de notícias Bloomberg, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizume, fará o corte para tentar conter o crescimento da dívida do país. De acordo com o Ministério de Finanças o governo vai cortar em 2,3% dos gastos gerais (US$ 371 bilhões), o que exclui subsídios a governos locais e custos com o pagamento da dívida. Para reduzir os gastos totais do governo, subsídios a governos locais serão reduzidos em 1,7%, o orçamento de obras públicas será cortado em 10,7% e a ajuda a países pobres reduzirá em 10,4%. O Gabinete vai endossar o projeto de Orçamento do Ministério na próxima segunda e submetê-lo ao Parlamento em janeiro de 2002.
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A divulgação pelo Departamento do Trabalho dos EUA dos novos pedidos de seguro de desemprego referentes à última semana, que apresentaram queda inesperada
- O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA chegou a 384 mil na semana encerrada no dia 15 de dezembro, 11 mil pedidos a menos em relação à semana anterior. O declínio foi o maior desde julho de 1998 e surpreendeu a expectativa de economistas, que haviam previsto que chegaria-se a 440 mil pedidos. Apesar da queda no número de pedidos, o mercado de trabalho permanece fraco, com a taxa de desemprego indo de 5,4% para 5,7% em novembro último. Além disso, o número total de trabalhadores que estão se beneficiando de auxílio desemprego subiu 55 mil chegando a 3,69 milhões, de acordo com o departamento.
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